Gestores experientes reconhecem que o frete é mais do que um custo operacional; ele desempenha um papel estratégico nas operações de uma empresa. Uma gestão inadequada pode gerar desafios nos processos e impactar a experiência do cliente. 

Por outro lado, uma abordagem bem planejada do frete pode oferecer uma vantagem competitiva, melhorando a eficiência e a satisfação do consumidor.

O impacto real do frete na operação industrial

A logística vai muito além do transporte — ela é o eixo que conecta a produção ao mercado. Decisões baseadas unicamente no menor preço frequentemente culminam em atrasos críticos na entrega de insumos, interrupção na linha de produção e necessidade de estoques excessivos. Tudo isso mina a eficiência operacional.

Além disso, carregando práticas manuais e modelos obsoletos, a empresa se torna limitada em sua competitividade. Sem monitoramento adequado, perde-se a capacidade de antecipar problemas e inovar. 

Pergunte a si: sua operação está aproveitando todo o potencial estratégico do gerenciamento logístico ou continua ancorada no passado?

Quais são os tipos de frete e suas aplicações?

Conhecer detalhadamente os tipos de frete disponíveis permite adotá-los de maneira estratégica para cada contexto logístico. Seguem as categorias principais:

Considerando quem envia a mercadoria:

  • Frete CIF (Cost, Insurance, and Freight): responsabilidade e custos recaem sobre o vendedor até a entrega ao cliente. Altamente comum em transações de e-commerce e negociações B2B.
  • Frete FOB (Free on Board): aqui, o comprador assume a totalidade das despesas e os riscos logísticos após a carga ser despachada. Ideal para mercadorias de alto valor agregado.

Baseado no modelo de contratação:

  • Frete Normal: executado diretamente pela transportadora contratada, com ausência de intermediários. Indicado para demandas padronizadas e controláveis.
  • Frete com Subcontratação: a transportadora principal delega partes do transporte devido a limitações territoriais ou prazos apertados.
  • Frete por Redespacho: involucram múltiplas transportadoras para entregas mais complexas, dividindo rotas.
  • Frete Multimodal: combina diferentes modais (rodoviário, aéreo, ferroviário, etc.) para maior eficiência em trajetos longos ou complexos.

Tipos de carga no transporte

A escolha do frete também é influenciada pelas particularidades das cargas, que podem incluir:

  • Carga Fracionada: agrupa envios de diversos clientes, reduzindo custos em operações logísticas compartilhadas.
  • Carga Completa: o veículo transporta exclusivamente a carga de um cliente, proporcionando mais rapidez e segurança.
  • Carga de Alto Valor: mercadorias valiosas exigem monitoramento rigoroso e até escolta.
  • Carga Perigosa: exige regulamentações específicas para mercadorias químicas ou inflamáveis.
  • Carga Leve ou Pesada: determina a melhor modalidade de transporte conforme o volume ou peso transportado.

Como escolher o melhor tipo de frete?

Definir a estratégia ideal de frete exige considerar as seguintes variáveis:

  • Urgência: quanto mais imediata a demanda, maior a relevância do prazo no cálculo do frete.
  • Economia: é possível equilibrar custos reduzidos sem perder agilidade operacional?
  • Exigências da carga: produtos perecíveis, perigosos ou frágeis necessitam de cuidados adicionais.
  • Distância e Rotas: identificar trajetos que necessitam de soluções multimodais pode evitar atrasos e custos.

Empresas que investem tempo na análise dessas variáveis conseguem otimizar entregas mantendo custos controlados. Essa abordagem se traduz em confiabilidade junto aos clientes e competitividade no mercado.

Nem sempre o mais barato é a melhor escolha

Buscar o frete mais barato pode levar a armadilhas operacionais. Custos reduzidos podem camuflar ineficiências, como atrasos crônicos ou danos às cargas. 

Considere que transportadoras integradas a tecnologias de rastreamento e otimização de rotas frequentemente justificam investimentos iniciais maiores com retornos significativos ao longo do tempo.

Como a tecnologia transforma o gerenciamento de frete

A integração de sistemas de gestão logística, como os TMS (Transportation Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Transporte), proporciona plataformas tecnológicas de ponta que não apenas simplificam e otimizam o planejamento, execução e controle do transporte de mercadorias, mas também se integram a outros sistemas corporativos. 

Essa funcionalidade de integração permite às empresas expandirem suas capacidades de gestão logística, garantindo operações mais eficientes, maior visibilidade, controle aprimorado de custos e cumprimento eficaz de prazos de entrega. 

Entre os benefícios práticos estão:

  • Otimização de rotas: identifica trajetos eficientes, evitando desperdícios de combustível e minimizando prazos.
  • Monitoramento em tempo real: acompanha veículos durante todo o trajeto, proporcionando maior previsibilidade e resolvendo gargalos proativamente.
  • Gestão de custos: consolida dados que permitem identificar fraudes e oportunidades de redução de gastos.
  • Apoio Estratégico: utilização de dados para modelar contratos logísticos mais vantajosos e ajustar projeções de demanda.

Empresas bem-sucedidas aplicam soluções para descobrir oportunidades latentes e ajustar continuamente a logística, promovendo ganhos expressivos de eficiência operacional. 

Alternativamente, essas tecnologias também se destacam ao potencializar o alinhamento estratégico e a sustentabilidade nas operações de transporte.

Transforme o frete em diferencial

Seja estratégico! O frete não é só um custo inerente; é um ativo para impulsionar competitividade. 

Ao integrar tecnologia e desenvolver pensamento analítico, sua empresa pode transformar a logística em um pilar de excelência. 

A sua já está pronta para se destacar ou seguirá presa a modelos convencionais? Agora é o momento para agir.