O SKU, sigla usada para Stock Keeping Units, é uma maneira sutil de entender como técnicas de aperfeiçoamento são importantes para a saúde financeira das empresas.
Em cenários cada vez mais competitivos, pequenos negócios, principalmente os fabricantes, precisam adotar boas práticas que os diferencie dos concorrentes.
As mudanças tecnológicas e o novo comportamento de compra dos consumidores demonstram que a orientação resultante de uma análise específica de dados, como o caso da adoção do método SKU, ajuda a aumentar as vendas e, consequentemente, obter mais lucros.
Apesar dos inúmeros benefícios do uso de SKU, nem sempre, os resultados são vantajosos. Isso porque estamos falando de uma estratégia onde o custo-benefício pode ser pequeno.
É exatamente por isso que preparamos esse texto. Para que você leitor, empresário e empreendedor, tenha mais consciência e assertividade na hora de tomar suas decisões.
O que é? Bom, feita essa introdução é preciso definir de forma prática e sucinta o que é SKU.
Para isso, vamos usar esse exemplo: imagine que você é dono de uma estamparia e, agora, sua principal decisão é se vai ampliar ou não o seu negócio.
A fabricação da camisa é feita na empresa, ou seja, você costura a blusa e também estampa, montando o produto de acordo com o gosto do cliente.
Apesar de produzir a própria blusa, você não fabrica o tecido e por isso não possui tantas opções de cores, apenas cores neutras e em um tipo de pano - o algodão.
Sua empresa entrega um produto de qualidade e com boa duração, mas tem um estoque limitado para a produção, o que diminui algumas chances para fechar mais negócios e aumentar suas vendas.
Você deve investir em mais diversidade para as suas mercadorias ou não vale a pena comprar matéria prima onde a demanda varia ou é incerta?
A resposta vai depender da sua análise de dados e no caso de um resultado positivo, chegará a hora de iniciar a fase de organização e logística interna do armazenamento.
O que você pode fazer para evitar perdas ou falta de estoque? Em síntese, SKU é a metodologia que vai auxiliar nessa decisão, pois engloba as etapas pelo qual uma empresa adiciona produtos a sua linha de produção.
A unidade de manutenção do estoque, o SKU, é um código único, dentro de cada empresa, que visa melhorar a gestão de armazenagem, liberação de mercadorias e a certeza das especificações e características daquele bem.
Em uma estamparia, por exemplo, estamos falando de uma ação que visa identificar todas as variações das camisas e tecidos, facilitando sua entrada e saída.
A justificativa para usar essa estratégia pode parecer lógica; se os clientes parecem estar comprando certo tipos de produtos, aumentar as variações dos mesmo pode aumentar as vendas.
Contudo, a proliferação de SKUs, quando não controlada, se transforma em um tumor sugador de receita e que interrompe todas as partes da cadeia de suprimentos.
Alguns tecidos, por exemplo, podem estragar ou perder a qualidade dependendo de quanto tempo e como ficam guardados. Nesse caso, é preciso ter certeza se vai valer a pena ou não começar esse processo dentro da sua empresa.
Vantagens de usar o SKU? Manter a organização do estoque é fundamental para garantir bons resultados operacionais, mas sabemos que uma tarefa como essa nunca será fácil sem a ajuda de algum método que controle e traga mais eficiência para esse processo, correto?
Um bom gestor precisa identificar as necessidades e traçar estratégias para lidar com esse aumento de produção.
Certamente, essas ações, assim como o SKU, geram os benefícios a seguir:
Controla o estoque A maior parte dos benefícios que o código SKU traz, estão diretamente ligados ao gerenciamento do estoque e otimização da identificação dos produtos.
Esse processo é fundamental para o setor logístico. Ao usar códigos, por exemplo, fica mais fácil organizar a disponibilidade e o fluxo de trabalho, facilitando a leitura humana
Se você vende uma camisa preta, de algodão, estampada e tamanho G, é muito mais fácil mandar para o setor de estampas o produto com o cod CAPRAL-G do que especificar todas as características daquele pedido.
Agiliza a expedição O uso de códigos também facilita a organização do seu estoque, tornando muito mais fácil e rápido encontrar os produtos no momento da expedição.
Por se tratar de um código (CAPRAL-G) composto por elementos de fácil leitura e interpretação, a agilidade no processo retorna aumento na produtividade dos seus colaboradores.
Vale lembrar que isso não significa a abolição do código de barras dos produtos, pois essa identificação ainda mantém sua utilidade, sobretudo, nas vendas.
Por sua vez, podemos incluir o SKU no código de barras!
Evita erros Se sua estamparia também utiliza uma plataforma de comércio eletrônico para realizar vendas, enviar um pedido errado para o cliente é um erro relativamente comum para esse tipo de operação, principalmente quando vários pedidos podem ter as mesmas características, como estampas iguais para cores diferentes.
Ao usar SKUs fica mais fácil diferenciar produtos, já que o colaborador trabalha em ler o código ao invés de diferenciar visualmente o produto.
Por que ter SKU para vender em marketplaces? A utilização do SKU é necessária em alguns marketplaces do mercado, assim que o produto é cadastrado na plataforma. Isso porque esse processo agrega informações mais completas aos seus anúncios, trazendo mais segurança para esse tipo de canal de venda.
Em casos de empresas que desejam entrar nesse mercado e utilizar plataformas como o Mercado Livre, por exemplo, o uso do SKU facilita a logística interna da loja, o que permite gerenciar e gerenciar as vendas com mais facilidade.
Vale lembrar que todas as etapas operacionais de uma empresa exigem planejamento e isso não seria diferente com a estratégia SKU. Não deixe de organizar os códigos com antecedência, evitando confusão e retrabalhos.
Como criar um SKU O SKU é um código que serve para ajudar e não atrapalhar o processo. Sendo assim, a lógica para a sua construção precisa ser fácil.
No geral, ele funciona assim: cada produto do estoque tem um SKU particular, que é um código formado por letras e números.
Ao gerenciar o cadastro e a retirada de produtos no seu estoque, ao invés de buscar pelo nome de cada produto, você procura pelo SKU.
Por exemplo, em vez de você cadastrar um “Camisa preta, de algodão e tamanho M” no seu estoque, você cadastra “CAPRAL-M”.
A principal ideia aqui é identificar de forma lógica a mercadoria que, nesse caso, apropria as iniciais das principais características do produto ( CA - camisa; PR - preta; AL - algodão e M - tamanho M).
Além disso, essa lógica precisa estar de acordo com as necessidades da empresa e respeitar alguns fatores. São eles:
A parte mais importante do SKU é a praticidade: ele precisa ser identificável e digitável.
Conter somente as informações essenciais Cada operação precisa buscar seu método próprio para escrever seu código de SKU, adaptado para a sua diversidade de produtos e suas variações.
Preferencialmente, conter apenas números e letras Algumas plataformas de e-commerce e sistemas de gestão integrados permitem o uso de caracteres especiais no SKU e outras não. Nesse caso, por via das dúvidas, opte por adicionar apenas letras e números.
Dois produtos diferentes não podem ter o mesmo SKU Se a ideia é diferenciar completamente cada produto. Logo, se você fabrica um produto com cores diferentes, é obrigatório que cada um tenha o seu próprio SKU.
Cada tipo de operação deve ter SKUs diferentes Cada operação pode ter seu formato próprio para criar SKUs. Se uma operação trabalha com muitas variações de um mesmo produto e com poucas diferenças entre si, é mais prático usar SKUs simples. Por exemplo: CAPRAL-M.
Ao longo deste artigo, usamos o exemplo das camisas para ajudar a entender melhor como funciona o processo do SKU, obviamente, é apenas um exemplo, mas demonstra como é importante ter uma padronização que identifica de forma fácil e didática a logística interna das empresas.
Também é importante lembrar que o SKU é diferente do EAN ( código de barras), apesar de ambos serem números usados para identificar produtos.
É exatamente o que vamos falar no próximo tópico, então continue a leitura!
O que é EAN? O EAN, sigla usada para European Article Number, é um código de barras padrão adotado por mais de 100 países do GS1. No caso de empresas que desejam vender e comprar pela internet, o uso desse tipo de código é importante.
O código de barras é lido somente por uma máquina ou leitor de código, sua composição utiliza 13 dígitos e é feita da seguinte forma:
País de origem: 3 primeiros dígitos – o Brasil é o 789; Empresa fabricante, que terá um número exclusivo: 4, 5 ou 6 dígitos; Cada variação de um produto por ela produzido: 3, 4 ou 5 dígitos; Dígito verificador: 1 dígito. Qual a diferença entre o SKU e o código de barras? A primeira informação importante que diferencia esses dois códigos é: o SKU não extingue a existência do EAN justamente porque ambos têm diferentes propósitos.
Por isso, é muito importante ter cuidado para que não haja confusão entre essas ferramentas!
No geral, o SKU pode ser interpretado por uma pessoa de modo lógico. Não é preciso um leitor específico para que alguém saiba qual produto ele representa. Vale lembrar que já existem diversos softwares de gestão utilizados pelas organizações com preparo para trabalhar com o código SKU.
Na busca por identificar o produto, as empresas podem utilizar os dois processos (SKU e EAN).
O SKU pode ser mais direcionado para os processos internos , sendo adotado como principal modo de identificação. Já na parte de vendas, a marca pode utilizar o tradicional código de barras integrado ao SKU.
Como cadastrar o seu EAN? Para colocar códigos de barra nos seus produtos, o fabricante precisa primeiramente se cadastrar na GS1. No momento dessa filiação, serão exigidos os seguintes dados:
Pessoa Jurídica Contrato Social e Última Alteração, com cláusula de gerência, determinando as pessoas autorizadas a assinar em sua representação; Escrituração Contábil Fiscal (ECF); Registro Y540; O mais recente exercício ou Extrato Simples Nacional; Comprobatório do valor declarado como faturamento anual da empresa; CNPJ. Empresário Individual Declaração de firma individual ou requerimento do empresário; Escrituração Contábil Fiscal (ECF); Registro Y540; O mais recente Extrato Simples Nacional ou Simei; Comprobatório do valor declarado como faturamento anual da empresa; RG; CPF; CNPJ. Artesão e produtor rural Registro ou inscrição na entidade de classe competente; Comprovante de endereço; Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) do último exercício; Comprobatório do valor declarado como faturamento anual da empresa; RG; CPF. Uma vez com esses dados, o fabricante poderá fazer a identificação dos seus produtos, atribuindo os números de referência para cada um. Conclusão Lembra que lá no início comentamos que, em muitos casos, o SKU pode não ser vantajoso?
Pois bem, para essa estratégia ser eficiente sua empresa precisa ter certeza que adicionar os produtos e outras variáveis terá demanda prevista.
Empresas que não analisam dados e as preferências dos clientes, certamente, não obtêm bons resultados com essa estratégia.
Aqui na Sensio ERP, além de contar com um sistema que utiliza a inteligência artificial para recomendar produtos e prever demanda de acordo com as vendas, você também conta com um sistema que configura as SKUs.
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Você pode imprimir etiquetas a partir de um item ou a partir de uma venda, tornando mais fácil as atividades de identificação dos produtos.
Quer saber como isso funciona? Então, agende uma demonstração grátis com um dos nossos especialistas.
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Até a próxima.