Você já se perguntou como reduzir os custos de armazenamento e aumentar as vendas de forma significativa?

A resposta para essa pergunta pode estar na Teoria das Restrições (TOC), uma abordagem eficaz para a gestão de estoque.

A TOC é uma abordagem baseada na identificação e eliminação de restrições que podem limitar a capacidade de uma empresa. Ao eliminar essas restrições, elas podem melhorar sua eficiência e produtividade, reduzindo custos e aumentando as vendas.

Neste artigo, exploraremos a aplicação dessa abordagem na gestão de estoque, visando minimizar os excessos e maximizar a disponibilidade de produtos.

Ao final desta leitura, você estará pronto para:

  • identificar as restrições que estão impactando a sua gestão de estoque;
  • desenvolver estratégias para eliminar essas restrições;
  • melhorar a eficiência e a produtividade da sua empresa.

Continue a leitura e entenda mais sobre esse assunto!

O papel da gestão de estoque

A gestão de estoque desempenha um papel fundamental em qualquer organização que lida com produtos físicos.

Ela envolve o planejamento, controle e monitoramento dos níveis de estoque para garantir que a empresa possa atender à demanda do mercado de forma eficaz. 

O estoque pode ser composto por matérias-primas, produtos em processo e produtos acabados, e seu gerenciamento adequado é crucial para o sucesso operacional e financeiro.

Controle de estoque: principais desafios

Antes de explorarmos como a TOC é aplicada à gestão de estoque, é importante entender os desafios que as empresas enfrentam nesse contexto, que incluem:

  • Excesso: manter níveis excessivos de estoque resulta em custos elevados de armazenamento, obsolescência de produtos e capital de giro ineficiente.
  • Escassez: manter estoque insuficiente leva a atrasos nas entregas, perda de vendas e insatisfação dos clientes.
  • Complexidade da demanda: prever com precisão a demanda do mercado pode ser um desafio, especialmente em mercados voláteis.
  • Variação na produção: a produção em lotes pode levar a variações nos níveis de estoque e ineficiências operacionais.

Aplicação da TOC na gestão de estoque

Como uma abordagem sistemática para enfrentar esses desafios, a TOC se baseia em princípios fundamentais que podem ser aplicados à gestão de estoque para:

Minimizar o excesso de estoque

A abordagem por trás da TOC visa identificar a restrição crítica no sistema de produção, a parte do processo que limita a capacidade geral da organização. Em termos de estoque, isso pode ser a capacidade de armazenamento ou a disponibilidade de matérias-primas.

Ao identificar esse gargalo, a empresa pode concentrar seus esforços em garantir que sua operação não seja interrompida devido à falta de material.

Maximizar a disponibilidade de produtos

Além de minimizar o excesso de estoque, a teoria das restrições também maximiza a disponibilidade de produtos. Isso significa que a empresa poderá atender à demanda do mercado de forma eficaz e oportuna.

Para alcançar isso, ela enfatiza a sincronização de processos: criando ações para garantir que o ritmo de produção ou a reposição de estoque estejam alinhados com a capacidade da restrição crítica. Isso evita gargalos desnecessários e ajuda a evitar desperdícios.

Exemplos práticos

Que segmentos de mercado se beneficiam com a teoria das restrições? Essa resposta descobriremos a seguir!.

Manufatura

Imagine que uma indústria esteja enfrentando um problema sério e seu processo de montagem possui uma restrição crítica: uma limitação geográfica atrasa as entregas de alguns fornecedores, fazendo com que peças no final da montagem estejam em falta. 

Isso significa que ela não utiliza toda a sua capacidade produtiva, além de incorrer em custos elevados de armazenamento, obsolescência de produtos e insatisfação dos clientes.

Para resolver essa questão, os gestores implementaram um buffer de estoque em seu processo. Um buffer é um espaço destinado ao armazenamento temporário de mercadorias, e materiais necessários para um processo posterior, como produção, expedição, processamento de pedidos.

Isso garantiu que a empresa sempre tivesse uma quantidade suficiente de produtos acabados para atender à demanda dos clientes. Como resultado, ela reduziu seus custos de armazenamento e melhorou suas estratégias para expandir os negócios e aumentar as vendas.

Varejista

Um varejista de produtos sazonais, que luta para atender à demanda crescente durante as temporadas de pico, identificou que a TOC poderia ajudá-lo a otimizar seus níveis de estoque e melhorar o desempenho geral.

Para aplicá-la à sua gestão, primeiro ele identificará quais produtos são afetados pela sazonalidade. Em seguida, é preciso analisar dados históricos de vendas, tendências de mercado e feedback dos clientes para prever a demanda futura.

Isso também garantiu que o varejo tivesse uma quantidade suficiente de produtos acabados para atender demandas sazonais, com custos reduzidos e melhores estratégias para expandir negócios e aumentar as vendas.

Por fim, é importante frisar que se está procurando maneiras de aumentar a eficiência de outros setores da empresa, a teoria das restrições também é uma abordagem que vale a pena considerar. Esses foram apenas alguns exemplos de como ela pode ser usada para melhorar a gestão de estoque. 

Ferramentas e softwares

Implementar melhorias na gestão de estoque com o auxílio de ferramentas e softwares especializados traz mais chances de sucesso para empresas que aderem essa estratégia.

A seguir, destacamos alguns recursos que devem ser usados:

  • Sistemas de gestão integrado(ERP): sistemas que integram dados e processos de toda a cadeia de suprimentos, proporcionando uma visão abrangente das operações comerciais e permitindo uma gestão mais eficiente do estoque.
  • Software de previsão de demanda: ferramentas que empregam algoritmos avançados para prever a demanda futura, auxiliando as empresas a evitar tanto a escassez quanto o excesso de estoque.
  • Software de gestão em tempo real: soluções que fornecem uma visão em tempo real dos níveis de estoque, permitindo uma tomada de decisão ágil e precisa.
  • Ferramentas de otimização de rota de transporte: ferramentas que auxiliam as empresas a otimizar o transporte de mercadorias, reduzindo custos e prazos de entrega.
  • Sistemas de RFID (Identificação por Radiofrequência): soluções para rastreamento preciso de produtos e ativos em tempo real, que melhoram a visibilidade do estoque e minimizam perdas e roubos.
  • Sistemas de gestão de armazém (WMS): ferramentas que oferecem um controle detalhado das operações de armazenamento, ajudando a maximizar a eficiência e a precisão do estoque.
  • Ferramentas de análise de dados avançadas: sistemas que identificam padrões, tendências e oportunidades de melhoria na gestão de estoque.

Medindo o sucesso

Para avaliar a eficácia dessa aplicação e determinar se as estratégias e ferramentas adotadas estão produzindo os resultados desejados, é essencial contar com indicadores-chave de desempenho (KPIs) bem definidos. 

A qui estão as mais conhecidas: 

  • Níveis de estoque: manter um equilíbrio saudável entre oferta e demanda é essencial. Monitorar os níveis de estoque ao longo do tempo permite garantir que eles estejam alinhados com as necessidades da organização. O giro de estoque e o tempo médio de estoque, por exemplo, são KPIS que fornecem informações valiosas sobre a eficiência do gerenciamento.
  • Taxa de atendimento de pedidos: a capacidade da empresa de atender a pedidos de forma oportuna e completa é um indicador crítico de satisfação do cliente. Acompanhar a taxa de atendimento de pedidos ajuda a garantir que os clientes recebam seus produtos no prazo e na quantidade desejada.
  • Rotatividade de estoques: a rotatividade de estoques mede a frequência com que os produtos são vendidos e repostos. Um alto índice de rotatividade indica que os produtos estão sendo movidos eficientemente, minimizando o risco de obsolescência e maximizando o uso dos recursos.
  • Índice de atendimento da demanda: esse KPI mede o quão bem a empresa está atendendo à demanda do mercado. Isso envolve a capacidade de prever com precisão a demanda futura e ajustar os níveis de estoque de acordo.
  • Custos de armazenamento: monitorar os custos de armazenamento é crucial para avaliar a eficiência da gestão de estoque. KPIs relacionados aos custos, como custo médio de estoque, podem indicar oportunidades de redução de despesas.

Ao acompanhar de perto esses indicadores, as organizações podem ajustar suas estratégias conforme necessário, garantindo que o estoque esteja alinhado com as metas e necessidades da empresa. 

Também vale ressaltar que quando esse processo é baseado em dados confiáveis, será mais fácil aprimorar a gestão de estoque e manter um desempenho excepcional na cadeia de suprimentos.

Se você está interessado em implementar a na sua empresa e deseja aprender mais sobre como eliminar gargalos e impulsionar a produtividade, convidamos você a ler o nosso texto abrangente intitulado “Como eliminar os gargalos e aumentar a produtividade.

Conclusão

A teoria das restrições é uma abordagem poderosa para a gestão de estoque que pode auxiliar as empresas a enfrentar uma variedade de desafios, como excesso e escassez de estoque, complexidade da demanda e variações na produção.

A TOC se concentra em identificar e superar as limitações críticas em um sistema. Ao fazer isso, as empresas podem otimizar seus processos e alcançar resultados mais eficazes. 

Ao minimizar o excesso de estoque e maximizar a disponibilidade de produtos, as organizações podem economizar custos significativos, melhorar a satisfação do cliente e expandir seus negócios de maneira sustentável.

O Sensio é uma plataforma de gestão completa que apoia a implementação dessa abordagem na gestão de estoque. Nossa ferramenta oferece uma visão operacional abrangente, recursos avançados e monitoramento em tempo real. 

Capacitamos os nossos parceiros a tomarem decisões informadas e estratégicas para melhorar a eficiência e o crescimento.

Se você está procurando melhorar a gestão de estoque da sua empresa, conte com a Sensio. Fale com um consultor e saiba como podemos te ajudar!