Todo gestor industrial conhece bem os imprevistos que testam nossa capacidade de reação: um gargalo que atrasa a produção, estoques fora do esperado, ou uma demanda que não foi prevista a tempo. 

Mesmo com processos robustos, essas situações aparecem e têm um custo — seja em recursos, seja na confiança do cliente.

E se esses problemas pudessem ser evitados antes mesmo de acontecerem? É nesse ponto que a Inteligência Artificial (IA) surge, não como uma promessa futurista, e sim como uma ferramenta prática para enfrentar esses desafios. 

Vamos falar de como isso funciona no chão de fábrica e no controle de estoques de maneira direta.

Confira!

O papel da IA no setor industrial

Planejar não é apenas prever – é se preparar para o que está por vir. O planejamento de demanda vai além de gráficos e números; ele busca entender o comportamento do mercado, antecipar sazonalidades e até prever como mudanças no portfólio podem impactar o estoque. 

Pense nisso como uma bússola para a tomada de decisões. Em vez de trabalhar com "e se", as ferramentas tecnológicas hoje permitem que o gestor veja possibilidades reais: dobrar a produção de panetones, por exemplo, não é mais um salto no escuro, mas uma ação calculada com base em insumos, capacidade e tempo de máquina.

No chão de fábrica, os desafios mudam de escala, mas a necessidade de precisão é a mesma. Operadores precisam de informações claras e acionáveis: quais ordens priorizar, como ajustar o ritmo e onde podem surgir gargalos. 

Já o gestor quer visibilidade e controle, sabendo exatamente o que está acontecendo e onde agir para evitar problemas antes que eles se tornem críticos. Essa sincronização é o que transforma dados em decisões rápidas e precisas.

Agora imagine o impacto disso tudo no estoque. Quando as operações estão alinhadas com o planejamento de demanda, o excesso dá lugar à eficiência, e a ruptura se torna uma exceção. 

Em vez de lidar com estoques inchados ou vazios, os gestores passam a contar com uma operação que abastece cada ponto com o necessário, na hora certa. 

Um exemplo? Durante uma promoção agressiva de produtos com baixa rotatividade, a redistribuição dos estoques é feita de forma estratégica, direcionando produtos para as áreas com maior potencial de venda.

Quais dados são essenciais para essa tecnologia?

Para vendas:

  • Histórico de vendas por região e canal: identifica padrões de consumo e sazonalidade.
  • Dados comportamentais de clientes: como frequência de compra e ticket médio.
  • Tendências externas: como dados climáticos e eventos econômicos que podem influenciar a demanda.

Para produção:

  • Tempo médio de ciclo por etapa: detecta gargalos e possíveis melhorias.
  • Taxa de eficiência de máquinas: avalia se há subutilização ou necessidade de manutenção preventiva.
  • Níveis de inventário em tempo real: para balancear estoque com demandas futuras.

A integração desses dados em uma plataforma robusta permite não apenas prever, mas agir rapidamente em diversas situações, vistas a seguir.

Atividades que podem ser otimizadas!

No estoque:

  • Análise de rotatividade:
    • Com tecnologia: identifica produtos com baixa saída e sugere realocação estratégica para áreas de maior demanda.
    • Sem tecnologia: produtos com baixa rotatividade ficam esquecidos no estoque, imobilizando capital e ocupando espaço que poderia ser usado para itens mais estratégicos.
  • Cálculo de reposições automáticas:
    • Com tecnologia: ajusta automaticamente os pedidos de reposição considerando vendas projetadas e capacidade de armazenamento.
    • Sem tecnologia: a reposição é feita com base em estimativas manuais, levando a excessos ou rupturas que afetam diretamente a operação.
  • Rastreamento em tempo real:
    • Com tecnologia: detecta desvios, perdas ou inconsistências rapidamente, reduzindo desperdícios e prevenindo rupturas.
    • Sem tecnologia: problemas como perdas ou erros de contagem passam despercebidos até serem críticos, gerando custos adicionais e atrasos.
  • Gestão de níveis críticos:
    • Com tecnologia: alerta sobre estoques próximos ao limite mínimo, garantindo continuidade operacional.
    • Sem tecnologia: estoques críticos são negligenciados, resultando em atrasos na produção ou falhas no atendimento ao cliente.

Nas vendas:

  • Definição de promoções baseadas em dados:
    • Com tecnologia: analisa sazonalidades e preferências regionais para criar ofertas que aumentam o giro de estoque sem comprometer margens.
    • Sem tecnologia: promoções são definidas de forma genérica, levando a estoques encalhados ou perda de oportunidades por falta de segmentação adequada.
  • Mapeamento do comportamento do cliente:
    • Com tecnologia: ajusta a distribuição de produtos de acordo com demandas específicas de cada canal de venda.
    • Sem tecnologia: a falta de compreensão das preferências do cliente resulta em distribuição ineficaz, com excesso em algumas regiões e falta em outras.
  • Sincronização com a produção:
    • Com tecnologia: permite o planejamento de campanhas alinhadas à capacidade de entrega da fábrica, evitando promessas não cumpridas.
    • Sem tecnologia: campanhas mal planejadas geram expectativas no mercado que a produção não consegue atender, prejudicando a imagem da empresa.
  • Sugestões de cross-selling:
    • Com tecnologia: identifica combinações de produtos frequentemente comprados juntos e recomenda estratégias para maximizar o ticket médio.
    • Sem tecnologia: perde-se a chance de aumentar as vendas por falta de informações sobre padrões de compra do cliente.

Capacitando sua equipe para utilizar esses recursos

Para que a implementação de soluções tecnológicas traga resultados reais, é essencial capacitar a equipe para interpretar e utilizar os insights gerados de forma prática. 

Isso inclui treinamento específico para operadores e gestores, permitindo que compreendam como as informações podem ser aplicadas no dia a dia da produção e das vendas. 

Para os operadores, entender como as sugestões de ajustes em tempo real impactam suas atividades pode melhorar a eficiência e reduzir erros. 

Já para os gestores, é importante saber como tomar decisões estratégicas baseadas em dados, seja no planejamento de demanda ou na alocação de recursos. 

Ao investir nesse treinamento, sua equipe estará mais preparada para aproveitar ao máximo as soluções tecnológicas, aumentando a produtividade e a competitividade da empresa.

O que sua indústria precisa saber

A integração de soluções de IA ao ERP pode parecer complexa, mas começar é mais acessível e estratégico do que parece. 

Os primeiros passos envolvem uma análise cuidadosa dos dados atuais da empresa, para entender onde a inteligência pode agregar mais valor. 

Escolher o fornecedor certo é fundamental, pois ele deve oferecer recursos como dashboards e gráficos de soluções específicas para vendas e produção, permitindo a visualização de insights que podem ser aplicados em tempo real. 

O Sensio, por exemplo, analisa a eficiência das máquinas e o tempo de produção, identificando pontos onde processos que antes exigiam intervenção manual, como ajustes nas máquinas ou o monitoramento constante de desempenho, podem ser automatizados.

Isso não só melhora a precisão e a eficiência, mas também elimina falhas humanas, proporcionando uma operação mais ágil e confiável.

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