A escassez e a alta dos preços das matérias-primas vêm assolando a indústria brasileira desde o início de 2024, afetando quase 20% das empresas, segundo a CNI. 

Essa crise, agravada por outros fatores como restrição de crédito e instabilidade nos preços dos insumos, impacta diretamente os custos de produção, a competitividade e a capacidade de entrega das empresas. 

É possível converter essa crise em uma oportunidade de crescimento! Neste artigo, exploraremos como a gestão eficiente de matérias-primas e a adoção de tecnologias podem ser a chave para superar esses desafios e impulsionar o crescimento do seu negócio.

Boa leitura!

Impacto dos custos de matéria-prima 

Os custos com matéria-prima têm um impacto profundo no orçamento e na rentabilidade das médias empresas. Quando esses custos não são bem gerenciados, eles podem reduzir significativamente os lucros. 

Isso acontece porque o desperdício e o excesso de estoque aumentam os gastos operacionais e, consequentemente, os custos de produção. 

O armazenamento de matéria-prima em excesso, por exemplo, gera custos adicionais e pode levar a problemas como a obsolescência, onde o material perde seu valor ou se torna inutilizável. 

Como resultado, o preço final dos produtos aumenta, tornando-os menos competitivos no mercado. Além disso, essas ineficiências podem causar atrasos na produção, afetando a capacidade de entrega e, por conseguinte, a satisfação dos clientes. 

A má gestão da matéria-prima, portanto, não apenas impacta a eficiência operacional, mas também compromete a reputação da empresa e sua posição no mercado.

Por isso, recomendamos adotar uma abordagem estratégica na gestão de matéria-prima. Isso ajudará você a aumentar a eficiência, reduzir custos e manter uma posição competitiva forte no mercado.

Como gerenciar custos de matéria-prima?

Para lidar com os altos custos, é essencial utilizar estratégias que realmente fazem a diferença. 

Primeiro, usar métodos de controle de inventário como FIFO (First In, First Out) e LIFO (Last In, First Out) ajuda a garantir que os materiais sejam utilizados. 

Por exemplo, o FIFO é ótimo para evitar que materiais fiquem obsoletos, porque garante que os itens mais antigos sejam usados primeiro. Isso reduz o desperdício e evita perdas com materiais que poderiam acabar vencendo.

Negociar bem com seus fornecedores também pode fazer uma grande diferença. Estabelecer boas parcerias e negociar preços e condições favoráveis pode resultar em descontos e melhores termos de pagamento. 

Isso é importante porque pode reduzir o custo por unidade de matéria-prima, ajudando a melhorar sua margem de lucro e manter seus preços competitivos.

Além disso, planejar a demanda usando dados históricos e ferramentas de previsão é essencial. Isso ajuda a ajustar seus pedidos de matéria-prima conforme a demanda real, evitando compras excessivas ou faltas no estoque. 

Manter um bom equilíbrio no estoque ajuda a reduzir custos com armazenamento e previne que materiais fiquem obsoletos, garantindo que você possa atender às necessidades dos clientes sem problemas.

Tecnologias que facilitam a gestão 

A tecnologia desempenha um papel crucial na gestão de matéria-prima, facilitando e acelerando o trabalho das equipes de compras e produção. 

Sistemas de gestão integrados (ERP) são fundamentais porque centralizam as informações sobre matéria-prima, oferecendo uma visão completa do fluxo de trabalho. 

Eles permitem que a equipe tome decisões mais informadas e coordenadas, reduzindo o tempo gasto em tarefas manuais e diminuindo o risco de erros. 

Por exemplo, ao automatizar o controle de estoque e a geração de relatórios, os sistemas minimizam falhas humanas e permitem que a equipe se concentre em atividades mais importantes.

Além disso, muitos sistemas ERP têm funções de planejamento de compras que são bastante úteis. Eles monitoram o estoque e enviam alerta quando é necessário reabastecer. 

Isso acontece porque essas ferramentas utilizam dados históricos e previsões de demanda para determinar a quantidade de matéria-prima a ser comprada, evitando excesso e faltas. 

Com esses avisos, a equipe pode planejar as compras de forma mais eficiente, garantindo que o estoque atenda às necessidades da produção. 

Ferramentas de análise de dados e business intelligence (BI) também fornecem insights sobre o uso da matéria-prima, ajudando a identificar padrões e oportunidades de melhoria que podem resultar em economias.

Como implementar soluções tecnológicas na sua empresa?

Para concluir, aqui está um guia simples para começar a usar tecnologia na gestão de matéria-prima:

  1. Entenda suas necessidades: primeiro, veja onde sua empresa está enfrentando desafios na gestão de matéria-prima e pense em como a tecnologia pode ajudar. Identifique suas principais necessidades e os problemas que você quer resolver.
  2. Pesquise e escolha as ferramentas certas: dê uma olhada nas opções de ferramentas tecnológicas disponíveis. Procure sistemas de ERP, controle de estoque e ferramentas de análise de dados que se encaixem bem com o tamanho e as necessidades da sua empresa. Escolha as que melhor atendem às suas demandas.
  3. Planeje a implementação: faça um plano para colocar essas ferramentas em prática. Defina um cronograma, veja quais recursos são necessários e planeje como você fará a transição sem atrapalhar o funcionamento diário da empresa.
  4. Treine sua equipe: certifique-se de que sua equipe saiba como usar as novas ferramentas. Ofereça treinamento para que todos possam se adaptar rapidamente e usar a tecnologia.
  5. Acompanhe e ajuste: após implementar as novas ferramentas, fique de olho no desempenho delas. Veja como elas estão ajudando e faça ajustes se necessário. Isso vai garantir que você esteja sempre melhorando a gestão de matéria-prima e aproveitando ao máximo as tecnologias.

Conclusão

Em um cenário competitivo e dinâmico, a tecnologia é mais do que uma ferramenta adicional – é um aliado indispensável para otimizar a gestão de matéria-prima e garantir a sustentabilidade do negócio.

O resultado é um processo mais ágil, com menos gargalos e maior eficiência operacional!

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