Toda indústria enfrenta desafios que podem comprometer sua eficiência e competitividade. E um dos principais é o risco operacional, que envolve falhas em processos ou eventos externos. 

Neste artigo, vamos explorar o conceito de risco operacional, suas classificações e tipos, bem como estratégias eficazes para minimizá-lo, com ênfase na tecnologia e na gestão eficiente.

O que é risco operacional?

O risco operacional refere-se à possibilidade de perdas decorrentes de falhas em processos internos, erros humanos, problemas de sistemas ou eventos externos imprevisíveis. 

No setor industrial, esse tipo de risco compromete a eficiência operacional, gera custos elevados e impacta diretamente a produtividade e a segurança.

O risco operacional pode ser causado por diversos fatores, como a falta de padronização de processos, falhas tecnológicas, erros de operação, ataques cibernéticos e até mesmo eventos naturais. 

Por isso, para garantir estabilidade e competitividade, é essencial adotar estratégias eficazes para identificar, monitorar e reduzir esses riscos.

Classificação do risco operacional

Os riscos operacionais podem ser classificados em diferentes categorias, dependendo da sua origem e impacto. No ambiente industrial, os principais tipos de risco operacional incluem:

Falhas em processos produtivos

Problemas na linha de produção, como equipamentos desatualizados ou falta de padronização, podem levar a desperdícios e baixa produtividade.

Uma fábrica de autopeças, por exemplo, que utiliza um sistema manual de controle de qualidade, onde a inspeção dos produtos é feita visualmente pelos operadores. Isso pode levar a inconsistências e aumento da taxa de defeitos, resultando em retrabalho e desperdício de material.

Erros humanos

A falta de treinamento adequado ou o excesso de trabalho podem resultar em falhas humanas, afetando a qualidade dos produtos e aumentando os custos.

Um erro de dosagem na indústria química, cometido por alguém sem o devido treinamento, é um exemplo, e pode resultar em um lote inteiro de produção perdido e riscos à segurança da equipe.

Vulnerabilidades tecnológicas

A dependência de sistemas automatizados sem uma infraestrutura sólida pode gerar interrupções, perda de dados e risco de ataques cibernéticos.

Como, por exemplo, uma indústria alimentícia que depende de um software para rastrear a validade dos insumos, mas falhas no sistema forçam um recall de produtos e danos à reputação da empresa.

Problemas na cadeia de suprimentos

A escassez de matérias-primas, atrasos logísticos e problemas com fornecedores impactam diretamente a produção. 

Considerado um risco externo, envolve os eventos fora do controle da empresa e que interrompem a linha de produção, causando atrasos nas entregas.

Conformidade regulatória

Mudanças na legislação industrial podem gerar penalizações se a empresa não estiver preparada para se adaptar.

Se uma indústria farmacêutica não atualiza seus processos conforme as novas regulamentações da Anvisa, por exemplo, há um risco de interdição de lotes de medicamentos e multas.

Risco financeiro

Erros na gestão financeira, como falhas na previsão de custos e desperdício de recursos, que comprometem a saúde financeira da indústria.

Um erro comum é subestimar os custos de matéria-prima ao firmar um contrato de fornecimento. Com a alta do dólar e inflação, os custos sobem, reduzindo drasticamente a margem de lucro e pode comprometer a viabilidade de produção.

Deficiência de estruturas

Infraestrutura inadequada, instalações defasadas ou falta de manutenção preventiva podem causar falhas operacionais e aumentar os riscos de acidentes de trabalho.

Operar com máquinas obsoletas ou sem um plano de manutenção preventiva é um risco operacional. Se um dos equipamentos críticos falha inesperadamente, interrompe a produção por dias e gera prejuízos financeiros e atrasos nas entregas.

Como minimizar o risco operacional?

Reduzir os riscos operacionais na indústria exige uma abordagem estratégica, combinando tecnologia, treinamento e melhoria de processos. Algumas das melhores práticas incluem:

1. Implementação de um ERP especializado

Um sistema ERP voltado para a indústria permite integração total entre setores, automatiza processos e melhora a tomada de decisão com base em dados precisos.

O Sensio ERP é uma solução projetada para indústrias que buscam otimizar a gestão da produção e reduzir riscos operacionais. 

Com funcionalidades que integram setores como produção, estoque, financeiro e qualidade, o sistema permite monitoramento em tempo real e automação de processos críticos, minimizando falhas humanas e melhorando a eficiência operacional.

2. Uso da Internet Industrial das Coisas

A IIoT possibilita monitoramento em tempo real da produção, reduz falhas e otimiza o desempenho dos equipamentos. Sensores inteligentes podem prever manutenções necessárias e evitar paradas inesperadas na linha de produção.

Saiba mais: IIoT: entenda como a Internet Industrial das Coisas vem transformando a manufatura

3. Padronização e automação de processos

A padronização de processos é essencial para reduzir variabilidades e garantir qualidade. Por exemplo, a implementação de um sistema automatizado para controle de qualidade para identificar defeitos em produtos, ainda na fase inicial da produção, e evitar desperdícios e retrabalho.

4. Investimento em capacitação

Treinar os colaboradores continuamente garante que a equipe esteja preparada para lidar com desafios e evitar falhas humanas. 

Oferecer módulos de gestão de treinamentos permite acompanhar o progresso dos funcionários e garantir que estejam qualificados para suas funções.

5. Auditoria e monitoramento contínuo

A realização de auditorias internas e o uso de indicadores de performance (KPIs) ajudam a identificar e corrigir problemas antes que impactem a operação. 

O Sensio ERP permite o monitoramento contínuo, garantindo tomadas de decisões baseadas em dados.

Leia também: AI TRiSM: gestão da confiança, risco e segurança

Conclusão

O risco operacional é uma realidade em qualquer indústria, mas com as estratégias certas, é possível minimizá-lo e garantir processos mais eficientes e seguros. 

A adoção de tecnologias como ERPs especializados e IIoT, aliada à capacitação da equipe e à melhoria dos processos, são passos essenciais para reduzir perdas e otimizar a operação.

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