As pequenas empresas estão cada vez mais inseridas no ambiente dos negócios no Brasil. Isso gera uma forte contribuição para o aspecto econômico social do país; movimentando um volume considerável de recursos financeiros e geração de mais oportunidade de trabalho.

No entanto, com o mercado cada vez mais competitivo, é comum que muitos negócios encontrem dificuldade para gerir suas atividades de forma assertiva, o que pode causar falência. 

Por isso, para que os bons resultados continuem existindo, os gestores de pequenas empresas precisam adotar procedimentos que permitam entender, conhecer e planejar a real situação financeira, econômica e patrimonial dessas instituições.

Existem inúmeros procedimentos que podem e devem ser feitos nesse caso. Se você, pequeno empreendedor, ficou curioso e quer saber um pouco mais sobre esse assunto, basta continuar a leitura que te contamos tudo!

Balanço patrimonial x Demonstração de resultados

As análises mais conhecidas no mundo dos negócios são as que constituem o Balanço Patrimonial, esse relatório juntamente com as Demonstrações de Resultados validam de forma objetiva toda a saúde financeira de uma empresa.

Assim como já mencionamos em outro o artigo e por definição:

“O BP é dividido em duas colunas: a do lado esquerdo é chamada de Ativo, e a do lado direito, de Passivo e Patrimônio Líquido. A partir disso, são conhecidas as fontes de recursos do empreendimento, bem como toda a realidade patrimonial do estabelecimento, ou seja, suas aplicações, bens, direitos e deveres”

Ao contrário do BP, que identifica todas as obrigações e deveres de uma empresa, a demonstração de resultados em exercício (DRE) é um relatório contábil que mostra o resumo da posição financeira da empresa em um determinado período, de acordo com o regime de competência. 

Essas duas análises são úteis para a tomada de decisão por inúmeros motivos, sendo possível a partir disso tomar melhores decisões com os recursos financeiros de uma empresa. 

A título de exemplo, preparamos um artigo que explica de forma sucinta as diferenças entre as principais demonstrações contábeis que são de competência obrigatória para o fisco. 

Feita essa breve contextualização, podemos dar seguimento ao assunto principal deste artigo…

Como estruturar sua análise

Uma empresa que deseja se consolidar no mercado, precisa entender que toda e qualquer ação realizada por ela, quer seja com propósitos operacionais, administrativos, técnicos ou comerciais, apresentará reflexos na estrutura e no desempenho econômico e financeiro da instituição. 

Para que uma análise financeira tenha resultados duradouros, ela precisa ser constante. Através do monitoramento dos fatos e dos resultados, bem como, do planejamento, deve-se elaborar todas as demonstrações contábeis possíveis, a fim de desenvolver um planejamento financeiro sólido.

Balanço patrimonial

A realização de um balanço patrimonial consiste na transformação dos saldos das contas de demonstrações contábeis tradicionais e dos índices obtidos através das combinações dos saldos credores e devedores, capazes de respaldar as tomadas de decisão. 

Muitas empresas possuem um emaranhado de contas complexas que para um bom entendimento necessitam de uma padronização. Esse é um passo importante e indispensável para iniciar-se a análise, principalmente, pois estamos falando de informações de competência técnica e fiscal.

A padronização do Balanço patrimonial segue, ordinariamente, os seguintes passos:

  1. Classificação apropriada das contas do Balanço - organizar as contas de luz, as notas fiscais e todos os outros documentos que constituem as contas do ativo e do passivo. 
  1. Reclassificação das contas - após serem analisadas as contas separadamente, chega a hora de agrupar as mesmas dentro dos respectivos grupos: ativo, passivo circulante e não circulante; patrimônio líquido.
  1. Deduções de contas - Após a reclassificação, se for detectado valores representativos de elementos patrimoniais inadequados, os mesmos devem ser liquidados.


Exemplo de uma análise patrimonial


Demonstração de resultados em exercício ( DRE)

A padronização de uma DRE segue o modelo de uma estrutura determinada no Art. 187 da Lei n° 6.404/76. 

O primeiro passo a ser feito é montar a estrutura de DRE. Para isso, colete todos os dados financeiros da instituição, abrangendo receitas, despesas ou custos. 


1. Montar sua estrutura

Nessa etapa, todas as informações contábeis e gerenciais precisam ser incluídas, sempre tendo como prioridade o Regime da Competência, isto é, observando a data correta. 

A seguir, vemos sua estrutura base: 


Receita de Vendas (faturamento da instituição no período em questão)
(-) Deduções e abatimentos
(=) Receita Líquida
(-) Custos de Mercadorias Vendidas (CMV)
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas com Vendas
(-) Despesas Administrativas
(-) Despesas financeiras
(=) Resultado antes IRPJ CSLL
(-) Provisões IRPJ e CSLL
(=) Resultado Líquido

2. Calcular a Receita Líquida

Através dos resultados da DRE, é possível calcular a receita líquida.

Receita líquida = Receita Bruta – Deduções da Receita Bruta

3. Descobrir o Resultado Bruto

Para descobrir o resultado bruto, basta deduzir da Receita líquida o custo das mercadorias e dos serviços vendidos.

Resultado Bruto = Receita Líquida – Custo das Vendas

4. Obter o Resultado Antes do IR e CSLL

Para obter o Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, é necessário subtrair do Lucro Bruto todas as despesas operacionais, financeiras, gerais e administrativas.

5. Conhecer o Lucro Líquido

Para conhecer o lucro (ou prejuízo) líquido antes das participações, é preciso subtrair do Resultado antes do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido a provisão para IR e CSLL.

6. Conseguir o Resultado do Exercício

Nessa etapa, basta acrescentar ou deduzir os resultados não operacionais, ou seja, participações de debenturistas, empregados, gestores, partes beneficiárias, entre outros.

Ao final de todas essas etapas será possível conhecer a Demonstração do Resultado do Exercício e chegar ao Lucro Líquido do Exercício.

Mas e agora, o que fazer com essas informações?

Um grande problema encontrado em pequenas empresas é a falta de "know how" na hora de traçar metas e objetivos de negócios. Esse conceito está diretamente relacionado com inovação, habilidade e eficiência na execução de determinados serviços.

É com essa ideia que estratégias para traçar o crescimento, equilíbrio econômico e financeiro precisam ganhar relevância.

Equilíbrio Econômico

Ao realizar todo o processo que discutimos até aqui, estudando a viabilidade do negócio através da análise da estabilidade e capacidade de geração de lucro, os desempenho real das empresa podem ser descritos da seguinte forma:

  • Faturamento periódico: monitorar as vendas diárias, a fim de entender o quê, quanto, por quanto e quando seus produtos podem ser vendidos.
  • Custos variáveis: ao conhecer os custo que estão diretamente associados ao seu volume de vendas, independente se são de vendas, revenda, industrialização ou prestação de serviços, é possível traçar estratégias mais assertivas para assegurar que os mesmos não interferiam de forma negativa na entrega do produto final.
  • Custos fixos: conhecer quais são e quanto representam os custos representados pelas contas de estrutura, ou seja, todos os custos para a manutenção e/ou existência da empresa, oferece a oportunidade de entender onde e quando a empresa pode investir em ações para diminuir os custos com infraestrutura.
  • Margem de contribuição: a margem de contribuição é um índice que permite realizar as análises de viabilidade, de lucratividade, de ponto de equilíbrio e da análise de novos projetos. A partir desse resultado, as empresas decidem se devem ou não investir recursos financeiros em determinadas ações. Vale ressaltar que quanto maior for este índice maior será a saúde financeira da empresa.
  • Lucro operacional: representa o resultado final depois de remunerados todos os custos variáveis e fixos no período.
  • Preços de vendas: Determinar os preços de vendas dos produtos e serviços deve ser uma ação técnica e estratégica, considerando-se os fatores de lucratividade, competitividade e posicionamento de mercado. Essas medidas são geradas a partir das demonstrações contábeis, onde são calculados o preço mínimo em que os produtos podem ser vendidos.
  • Fluxo de Caixa: a elaboração do fluxo de caixa com base nas informações operacionais aliada a projeção estratégica do mesmo,  mostra de forma consistente quando uma empresa precisa realizar as negociações de compras, de vendas ou realinhar sua estrutura de custos fixos. Isso faz com os saldos ao final de cada período (competência) sejam sempre positivos.

Como analisar o crescimento de uma empresa através do resultados contábeis 

Os indicadores contábeis e econômicos  são medidas de desempenho utilizadas para mensurar o desenvolvimento econômico da empresa. Índices como esses demonstram parâmetros da saúde da empresa e permitem comparativos de desempenho entre diferentes períodos, de maneira a avaliar o resultado atual em relação a outros períodos históricos.

A seguir vamos analisar alguns índices que frequentemente são usados para essa finalidade.

  • Índice de liquidez: avalia a capacidade de pagamentos de uma empresa, fazendo frente às suas obrigações. Além disso, representam um grande referencial a longo prazo, o que torna muito importante saber calcular e avaliar os índices de liquidez geral e líquido.
  • Índice de endividamento: avalia a representatividade do volume de obrigações (capital de terceiros: fornecedores, bancos, ...) comprometidos frente ao capital próprio da empresa.
  • Índice de rentabilidade sobre vendas: demonstra a relação do lucro operacional com as vendas realizadas.
  • Índice de atividades: avalia o número médio de dias que a empresa leva para receber o valor de suas vendas. Isso ajuda a calcular melhor a entrada de mercadorias e saída de mercadorias, uma vez que esse índice tem impacto direto no fluxo de caixa.
  • Índices de atividades: avalia o número médio de dias que a empresa leva para pagar seus fornecedores.

Considerações Finais

Bom, agora que você já sabe estrutura e como analisar toda a sua saúde financeira, precisamos te contar que já existe uma forma simples e inteligente de colher essas informações.

Pois é, o sistema Sensio ERP é a ferramenta que te ajuda a organizar todos os dados necessários para o planejamento financeiro e demonstrações contábeis da sua empresa. 

Mas então eu preciso calcular as contas manualmente? Não, não mesmo! É o sistema da Sensio que fará isso por você. Basta acessar o FINANCEIRO - DRE GERENCIAL e pronto! Você tem acesso a todas as contas organizadas por competência e período.

Além disso, você também tem acesso a outras funcionalidade importantes e que trazem ainda mais facilidade para o seu departamento financeiro, como lançamentos, dashboard, extrato, acompanhamento do fluxo de caixa e outras ferramentas que te ajudam na gestão operacional

Bacana né!

Ficou curioso e quer ver na prática como funciona, entre em contato e agende sua demonstração. Ficaremos felizes em atendê-los. 

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Até a próxima!