Já se perguntou como as indústrias conseguem gerenciar a produção de maneira tão eficiente, minimizando custos e otimizando o tempo?
A resposta pode estar no Planejamento das Necessidades de Materiais, mais conhecido pela sigla MRP. Essa metodologia revolucionou como as empresas de manufatura planejam suas atividades, desde a gestão de inventário até a programação da produção.
Implementar o MRP na indústria não só melhora a gestão de estoque, reduzindo custos desnecessários, como também aumenta a eficiência da produção ao garantir que os materiais necessários estejam disponíveis no momento certo.
Além disso, contribui para um melhor planejamento da capacidade produtiva e eleva o nível de satisfação dos clientes ao cumprir prazos de entrega e evitar escassez de produtos.
Neste artigo, você descobrirá como aplicar o MRP na sua empresa, explorando exemplos práticos e as vantagens de seu uso. Preparado para transformar sua linha de produção?
Continue conosco e desvende os segredos do MRP na indústria.
O que é e como funciona um MRP? O MRP (Material Requirements Planning) ou Planejamento das Necessidades de Materiais, é um sistema de controle de produção que tem como principal propósito gerir as necessidades de materiais em um processo produtivo.
Este modelo lida diretamente com a gestão de estoque e com os prazos de produção, assegurando que a produção aconteça de forma eficiente e esteja alinhada com a demanda do produto, evitando transtornos como a falta ou excesso de materiais.
O funcionamento do MRP se baseia na análise de três componentes principais:
a lista de materiais (BOM - Bill of Materials); o inventário corrente; o cronograma de produção. A lista de materiais fornece detalhes sobre todos os componentes necessários para a fabricação de um produto, desde as matérias-primas até os componentes mais complexos, possibilitando assim uma visão completa do que é preciso para a realização de todo o processo produtivo.
O inventário corrente informa a quantidade de cada item disponível no momento, possibilitando a identificação das necessidades de reposição.
O cronograma de produção, por sua vez, contempla todos os pedidos de vendas e as previsões de demanda, garantindo que todas as necessidades de produção futuras estejam consideradas e programadas de acordo.
O processo do MRP começa com o recebimento do cronograma de produção e da lista de materiais. O sistema então cruza estas informações com os dados do inventário para calcular a quantidade de cada item necessário para a produção.
Se a quantidade disponível em estoque for insuficiente, o sistema gerará automaticamente ordens de compra para a reposição dos itens faltantes, de modo a cumprir os prazos de produção e de entrega dos produtos aos clientes.
Dessa forma, ele atua como um planejador estratégico, proporcionando visibilidade sobre as necessidades de produção e estoque, e otimizando a cadeia de suprimentos.
Além de ajudar a empresa a produzir mais eficientemente e com recursos otimizados, o sistema MRP também contribui para diminuir o desperdício de materiais, reduzindo custos e melhorando os resultados no longo prazo.
O uso inteligente deste recurso permite prever com precisão as necessidades de produção, contribuindo para uma gestão de estoque mais eficiente e para a satisfação dos clientes por meio da entrega pontual dos produtos.
A história do MRP O sistema de planejamento de recursos de manufatura (MRP) tem sua história intrinsecamente ligada à evolução da tecnologia de produção durante o século XX.
Desde sua concepção na década de 1960, desempenha um papel fundamental na otimização da produção industrial. O nome MRP vem do inglês "Manufacturing Resource Planning” e literalmente traduzido significa “Planejamento de Recursos de Manufatura”.
Em essência, o MRP é uma ferramenta para planejar e controlar os materiais e recursos necessários durante o processo de produção. Aliás, a lista de materiais é um elemento crucial no sistema porque é a partir dela que se dá início ao processo de planejamento.
Nessa lista, estão contidos todos os componentes e matérias-primas necessárias para fabricação de um produto, facilitando o controle de estoque e a gestão de compras.
Esse processo permite um controle mais minucioso sobre o tempo e a quantidade necessária de cada material, evitando desperdício e otimizando custos.
Além disso, o cálculo de necessidade de materiais, que o MRP oferece, potencializa a capacidade de produção ao propiciar um planejamento mais acertado e efetivo.
Com o passar das décadas, ele evoluiu, abraçou novas tecnologias e integrou novas funcionalidades, se tornando uma ferramenta de gestão ainda mais completa.
Hoje, o MRP, em sua versão mais avançada, conhecida como MRP II, não só fornece uma lista de materiais, mas também controla outras variáveis do processo produtivo como mão-de-obra e capacidade de produção.
Essa evolução permitiu que o planejamento de recursos de manufatura se transformasse em um sistema gerenciador de todos os recursos de produção, garantindo maior eficiência e competitividade no mercado.
Benefícios do sistema MRP O MRP disponibiliza aos gestores da indústria uma visão detalhada dos materiais necessários para a produção, ajudando-os a planejar e agendar de forma eficaz a compra desses materiais.
Dessa forma, ajuda a empresa a evitar atrasos na produção, falta de materiais e excesso de estoque , reduzindo significativamente custos associados.
Um dos maiores benefícios que o sistema MRP pode trazer para uma empresa é a capacidade de otimizar a gestão dos materiais necessários.
Ele torna possível antecipar as necessidades de materiais de produção, ajustando-as conforme a demanda real do mercado.
Isso evita que a empresa tenha que lidar com a falta de materiais em um momento crítico, comprometendo a produção e a entrega dos produtos.
Além disso, o sistema MRP possibilita manter boas relações com os fornecedores . Com a ajuda desse sistema, é possível gerir de forma eficiente os pedidos aos fornecedores, garantindo que as mercadorias cheguem no tempo certo, evitando atraso de produção.
Esse processo também pode ajudar a negociar descontos e melhores condições de pagamento com fornecedores, já que o sistema fornece informações que possibilitam um planejamento de compras mais eficiente e estratégico.
Desvantagens do MRP O Material Requirement Planning (MRP) é uma técnica de planejamento que tem a sua utilização massiva na gestão dos negócios. No entanto, apesar de seus muitos benefícios, o MRP também tem uma série de pontos negativos.
Antes de mais nada, é importante notar que a eficácia do MRP é altamente dependente da precisão dos dados inseridos no sistema.
Se os dados forem errôneos ou desatualizados, ele poderá gerar previsões imprecisas, levando a erros de planejamento. Além disso, implementar um sistema de MRP requer um grande investimento financeiro e de tempo.
As empresas precisam investir em software, treinar os funcionários e dedicar tempo para manter e atualizar o sistema.
Outra desvantagem do MRP é que ele pode ser bastante complexo e difícil de entender, especialmente para aqueles que não estão familiarizados com este tipo de sistema.
Isso pode levar a erros de uso e a uma resistência por parte dos funcionários em adotar a nova tecnologia.
O MRP também tem a tendência de focar na eficiência da produção, ignorando outros aspectos importantes como a qualidade do produto ou a satisfação do cliente. Muitas vezes ele pressupõe um ambiente de produção estável e previsível, o que nem sempre é o caso na realidade.
Mudanças inesperadas na demanda ou interrupções na cadeia de suprimentos podem desviar rapidamente os planejamentos da produção e levar a problemas de estoque.
Portanto, embora ele possa ser uma ferramenta valiosa para a gestão de materiais, é crucial entender suas limitações.
Qual a diferença entre MRP I e MRP II? O MRP I (Planejamento de Necessidades de Materiais) e o MRP II (Planejamento de Recursos de Manufatura) são dois sistemas de planejamento e controle de produção, porém, existem algumas diferenças fundamentais entre eles.
O MRP I está focado em planejar as necessidades de materiais para produção, é um sistema estritamente de planejamento da produção e controle de estoque, capaz de fornecer informações detalhadas sobre a quantidade e o tempo que os materiais devem ser pedidos para atender à programação da produção.
Ele é eficaz para reduzir o excesso de estoque e o desperdício de materiais.
Já o MRP II é uma versão mais avançada que amplia a abrangência do MRP I, adicionando outros processos de produção no planejamento, como o planejamento da capacidade de produção, programação de compras e manutenção de máquinas e equipamentos.
O MRP II é um sistema mais holístico e integrado que incorpora todos os aspectos da operação de manufatura, não somente o inventário e a programação dos materiais.
Além disso, o MRP II consegue fornecer uma análise financeira dos planos de produção, incluindo custos de produção e análise de rentabilidade.
Qual a diferença entre MRP e ERP? MRP (Planejamento de Necessidades de Materiais) e ERP (Planejamento de Recursos Empresariais) são dois sistemas de gestão que, embora tenham algumas semelhanças, possuem diferenças marcantes.
A principal diferença entre MRP e ERP está principalmente na escala de funcionalidade e na integralidade dos sistemas.
O MRP é um sistema focado na produção, utilizado para gerenciar e controlar os materiais de produção. Ele visa garantir que os materiais certos estejam disponíveis no momento certo para a produção, minimizando custos de armazenamento de material no estoque, ajudando a racionalizar a produção e diminuir os desperdícios.
Por outro lado, o ERP é um software de planejamento de recursos de uma empresa que integra todos os seus departamentos e funções em um único sistema.
Não apenas se concentra na produção, mas também em outras áreas importantes, como finanças, recursos humanos, vendas e distribuição, compras, entre outros.
O ERP integra processos empresariais em tempo real e facilita o fluxo de informações entre todos os departamentos de negócios, permitindo um controle mais abrangente da operação todo.
Então, em termos simples, o MRP é uma ferramenta que ajuda a gerenciar o processo de produção, enquanto o ERP é uma solução completa que ajuda a gerenciar todo o negócio.
Embora o MRP possa funcionar sem um ERP, implementar um MRP sem recursos de um ERP pode complicar o controle de produção.
Por fim, vale ressaltar que muitos sistemas ERP modernos incluem funcionalidades de MRP, reforçando a ideia de um sistema integrado para gestão de todas as operações e funções de negócios.
MRP é a mesma coisa que Plano Mestre de Produção? Não, MRP (Planejamento de Recursos de Produção) e Plano Mestre de Produção (PMP) não são o mesmo, embora estejam intimamente relacionados e sejam essenciais para a eficiência da produção e o gerenciamento de operações em uma empresa.
O Plano Mestre de Produção é uma etapa anterior ao MRP e é responsável por estabelecer, em um horizonte de planejamento, a quantidade de cada produto a ser produzida e a data em que a produção deve ocorrer.
Ele se baseia na demanda prevista e disponibilidade de capacidade.
O MRP, por outro lado, surge após a definição do PMP e é o sistema que garante que todos os materiais necessários para a produção estejam disponíveis no momento certo.
Ele calcula a quantidade e o momento de aquisição de matérias-primas, componentes e partes necessárias para a produção.
Portanto, embora o MRP e o PMP sejam complementares e ambos se concentrem em otimizar a produção, eles têm funções distintas.
O PMP lida mais com o “quê” e “quando” da produção, enquanto o MRP se concentra no “como” e “com quais recursos”.
Os dois juntos formam um sistema abrangente de planejamento da produção nas organizações.
Quais são os parâmetros fundamentais do MRP? Os parâmetros fundamentais do MRP são variáveis essenciais na otimização do processo de planejamento de recursos de produção.
Estes parâmetros ajudam a definir os requisitos dos recursos necessários para atender às demandas de produção estipuladas pelas ordens de produção.
Há quatro parâmetros principais do MRP: demanda dependente, lead time , tamanho do lote e estoque disponível.
A demanda dependente é determinada pelas demandas de produção propostas pelas ordens de produção.
O lead time é o tempo necessário para produzir e entregar um produto. Já o tamanho do lote se refere à quantidade de produtos a serem produzidos em um determinado período.
O estoque disponível, por outro lado, é a quantidade de materiais já disponíveis para a produção.
Esses parâmetros permitem que as empresas programem e controlem seus processos de produção de maneira eficiente e eficaz, minimizando custos, otimizando o uso de recursos e garantindo a entrega oportuna de produtos de alta qualidade aos clientes.
Portanto, a compreensão e aplicação correta desses parâmetros do MRP são essenciais para o sucesso do planejamento de recursos de produção em qualquer empresa de manufatura.
Qual é o momento certo para implementar um MRP? O momento certo para implementar um Sistema de Planejamento dos Recursos de Manufatura (MRP) é quando uma empresa começa a enfrentar dificuldades para gerenciar eficientemente o fluxo de materiais, tempo de produção, pessoal e estoque.
O MRP auxilia na automação e integração dos processos de produção, facilitando o planejamento e a execução das operações.
Além disso, quando a empresa se depara com situações em que é desafiado a minimizar o desperdício e melhorar a eficiência, considerar a implementação de um sistema MRP é uma excelente opção.
Ele ajuda na determinação das necessidades de material e capacidade de produção, proporcionando assim a possibilidade de otimizar os recursos e reduzir custos.
Os sistemas de planejamento dos recursos também são extremamente úteis quando o setor de compras tem dificuldade de programar e controlar os pedidos de materiais, por permitirem um melhor controle da produção e do estoque.
Assim, o momento certo para a implementação é quando a administração percebe a necessidade de maior controle e eficiência no processo produtivo, pois a utilização deste sistema pode impulsionar a produtividade e lucratividade da empresa.
Por fim, é importante enfatizar que a implementação de um MRP deve ser feita com uma análise cuidadosa das necessidades da empresa para garantir que os benefícios sejam totalmente aproveitados.
Conclusão A Sensio tem a solução ideal para auxiliar as empresas do setor alimentício na otimização de seus processos.
Com nosso sistema ERP e os recursos avançados de MRP integrados, oferecemos uma plataforma abrangente e eficiente para o planejamento da indústria.
Nossa solução permite uma gestão centralizada de todas as operações, desde o planejamento da produção até o controle de estoque e a gestão da cadeia de fornecimento.
Com recursos de previsão de demanda precisos e análise de dados em tempo real, ajudamos as empresas a se adaptarem às flutuações da demanda, minimizando custos, evitando escassez de materiais e otimizando a eficiência operacional.
Nossa solução é projetada para oferecer uma visão holística dos processos de produção, garantindo a continuidade da operação e impulsionando a competitividade do negócio.
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